terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os sem igreja, mas com fé...

É evidente que a Fé em Deus pode sobreviver à parte da “Igreja Institucional”, embora creia que perdemos muito quando não temos o apoio da congregação, o compartilhamento, a troca de experiências e a mútua edificação que vem pelo ajuntamento.
Mas é bem verdade também, que nesses dias proféticos nos quais “o amor tem esfriado”, os ambientes religiosos se transformaram mais em um espaço de “fuga” que de “busca”, tendo motivado pessoas a não desenvolver experiências com Deus e nem consigo mesmas (a chamada jornada interior) e essa vivência de uma “fé rasa”, com o compromisso único de “se dar bem” na utilização das religiões como “muletas psicológicas”, acaba por tornar também os relacionamentos perigosos, sem autenticidade, sem compromisso real com o Amor e tudo o que ele exige – quando verdadeiro – que é a promoção do bem estar e felicidade dos outros.
Penso que o gerenciamento excessivo que algumas Igrejas pretendem ter sobre a vida das pessoas, “aquelas regras que são na verdade imposição dos sacerdotes e não de Deus”, o desejo de controlar e ditar comportamentos leva comunidades a agirem exatamente como agiram os fariseus nos tempos de Jesus, “atando pesados fardos sobre os ombros das pessoas”, gerando uma imagem distorcida de Deus e tornando o exercício da fé uma obrigação pesarosa e não uma expressão prazerosa!
Pregar o Evangelho, crer no poder do Espírito Santo e deixar Deus tratar com o ser humano, é o caminho que gera responsabilidade no individuo porque abre espaço para que as verdadeiras transformações aconteçam.
Tempos atrás um político bem sucedido,  disse que, “nada soava tão ruim e com ar tão hipócrita aos ouvidos dos eleitores, do que perceber políticos fazendo discursos contra a corrupção”!
Compreendo o que ele quis dizer, porque na Igreja não é diferente!
Quando os “Igrejeiros” adotam uma atitude azeda e crítica diante das pessoas que estão se achegando, acabam por se tornar desinteressantes, porque geram uma íntima repulsa diante de tudo que é meramente humano em nós e temos consciência disso.
Voltamos ao exemplo: Jesus!
Os pecadores mais notórios sentiam-se bem na presença dele, e os únicos que se sentiam desconfortáveis, eram justamente os religiosos.
Ele chegou a elogiar a fé de um centurião pagão!?
Contou uma parábola na qual os vilões eram os judeus “ciosos cumpridores das Escrituras” e o bom mocinho um samaritano proscrito!?
E por ai vai...
É complicado para as pessoas escutarem nossos discursos e pregações sobre “amar o mundo inteiro”, se não conseguimos amar nem o cara da mesma igreja que está assentado no banco ao lado do nosso!
Isso me lembra a história daquela menina que um dia dobrou os joelhos e orou com simplicidade arrebatadora: “Ó Senhor, faça com que as pessoas ruins se tornem boas, e que as boas se tornem mais simpáticas”!
A resposta dessa prece pode significar mais gente ajuntando-se à Igreja, porque terão a certeza de que ali se sentirão acolhidas e amadas.
Eu preciso de uma Igreja assim: eu desejo trabalhar para ter uma Igreja assim.

1 Comentário:

Angelo Manoel Moreira da Rocha disse...

Meu querido Pastor José Carlos que não chamo de Junior porque acho estranho chamar assim alguém da sua altura física e espiritual. Com a mania de professor poderia dizer "Senior". Mas você, como o nosso amigo Rubinho, com o qual temos uma missão espiritual familiar, não gostam que eu use, por costume mais dos outros até, me intitular de professor, afinal como você disse uma vez: "Todo mundo em Teresópolis foi aluno do Prof. Angelo". Vamos ao que interessa, tenho lido suas postagens e espero que leia as minhas também e esta EU CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU. Está perfeita é isto mesmo. Um abraço saudoso. Prof. Angelo

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