segunda-feira, 25 de abril de 2011

A igreja, lugar de vida


A igreja é o povo chamado por Deus das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, do pecado para a santidade, da perdição para a salvação. O homem natural está longe de Deus, é rebelde contra Deus, e está morto em seus delitos e pecados. Ninguém vem a Deus por si mesmo. Ninguém pode vir a Cristo se o Pai não o trouxer. É Deus quem opera no homem tanto o querer quanto o realizar. É Deus quem tira a viseira dos seus olhos e o tampão dos seus ouvidos. É Deus quem abre o coração e dá o arrependimento para a vida. É Deus quem dá a fé salvadora e justifica o pecador. 

A igreja é o povo chamado do mundo para um relacionamento particular com Deus. Somos adotados na família de Deus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Fomos chamados para um lugar de vida e não para as sombras da morte. Fomos chamados para vivermos de forma abundante e superlativa e não para nos apresentarmos no palco do mundo com um arremedo de vida. Fomos chamados para a liberdade em Cristo e não para colocarmos novamente nosso pescoço no jugo da escravidão.

A igreja é um lugar de vida, e nós podemos usufruir essa vida abundante, por três razões:

Em primeiro lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o passado têm convicção de que seus pecados foram perdoados. Todo aquele que pela fé veio a Cristo, e o recebeu como Salvador, foi justificado e não pesa mais sobre ele nenhuma condenação. Com respeito à justificação foi liberto da condenação do pecado. Seus pecados foram cancelados. Sua dívida foi paga. A lei foi plenamente cumprida e as demandas da justiça satisfeitas. Quem está em Cristo é nova criatura. Recebe um novo coração, uma nova mente, uma nova vida, uma nova família, uma nova pátria. Nosso passado foi passado a limpo e fomos lavados no sangue de Jesus e, agora, temos uma nova vida, sem as peias da culpa.

Em segundo lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o presente têm convicção de que podem viver estribados no poder de Deus. Aquele que está em Cristo não está mais debaixo do poder do pecado. Não é mais escravo do pecado. O poder que opera nele não é mais o poder da morte, mas o poder da ressurreição. Nele habita plenamente a palavra de Cristo. Ele foi feito templo do Espírito Santo. Cristo habita em seu coração pela fé. Ele morreu para o pecado e, agora, está vivo para Deus. A suprema grandeza do poder de Deus está à sua disposição para viver vitoriosamente, pois com respeito à santificação foi liberto do poder do pecado.

Em terceiro lugar, porque aqueles que estão em Cristo ao olharem para o futuro têm convicção de que caminham para a glória. O nosso futuro já está determinado. E determinado não por um destino cego, mas pelo Deus onipotente. Aqueles que Deus conheceu, predestinou, chamou e justificou, a esses Deus também glorificou. Nossa glorificação é um fato futuro, mas na mente de Deus e nos decretos de Deus já está consumado. Não caminhamos para um ocaso lúgubre, mas para a eternidade bendita. Não marchamos para um túmulo gelado, mas para a ressurreição gloriosa. Não nos assombramos diante de um futuro incerto, mas gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Receberemos um corpo semelhante ao corpo da glória de Cristo. Viveremos e reinaremos com Cristo por toda a eternidade. Deus, então, enxugará dos nossos olhos toda a lágrima, porque com respeito à glorificação seremos libertos da presença do pecado.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Leia Mais >>

Porque Deus amou o mundo...


A palavra “mundo” na Bíblia tem pelo menos três significados. Pode representar o “mundo natureza criada”, como no Salmo 24.1: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. Também se refere ao mundo como sistema de valores anti-reino de Deus, como em 1 João 2.15: “não amem o mundo nem o que no mundo há”. Mas, principalmente, mundo é uma referências a pessoas, ou mesmo à humanidade, como em João 3.16: “Deus amou o mundo”.


Quando se refere às pessoas, o Evangelho de João, por exemplo, deixa claro que são pessoas em oposição a Deus. Não receberam Jesus em sua divindade (1.10), não reconheceram sua messianidade (1.11) e rejeitaram sua obra (1.12). A palavra “mundo”, portanto, se refere às pessoas que estão em rebelião contra Deus e alienadas de Deus (8.23,24) e que, portanto, têm como fonte de vida (morte) o Diabo (8.41-44). Por estas razões, nutrem um ódio não apenas contra Deus como também contra tudo quanto lhe diz respeito, principalmente aqueles que reconhecem Jesus em sua divindade e messianidade e a ele se submetem em amor (15.18-25). Na Bíblia Sagrada, a expressão “mundo” não aponta para pessoas amáveis, ou que naturalmente despertam nossa compaixão e cativam nossa solidariedade. Inclui a criança abusada, a vítima de um ato de violência e injustiça e alguém que sofre em virtude da estupidez de um terceiro. Mas também inclui o abusador pedófilo, o corrupto que se locupleta às custas da miséria alheia e o motorista alcoolizado que atropelou e matou três pedestres. O amor de Deus abraça todos aqueles que teríamos razões suficientes para odiar. Pessoas inescrupulosas, que nos ferem, usurpam nossos direitos, nos submetem ao sofrimento em virtude de sua maldade, egoísmo e indiferença a tudo quanto é sagrado.

Muitas gente acredita que essas pessoas ocupam apenas as páginas dos jornais, fazendo uma ebulição de sua malignidade do alto dos morros e na periferia pobre das cidades. Mais facilmente classificamos como “pessoas odiáveis” o político mau caráter, o terrorista fanático, o soldado do crime organizado e o bandido que usa farda e trai a honra das forças militares. Mas no caso de Jesus as pessoas chamadas "“mundo" ” estavam próximas: eram os líderes de sua religião, seus amigos mais íntimos, seus homens de confiança e, especialmente, muitas que foram abençoadas por ele. Anás e Caifás, Judas, Pedro e todos quantos gritaram "solte a Barrabás".  A maioria das pessoas, inclusive, partilhava de sua mesa, seu afeto, sua compaixão e seu serviço amoroso.

Amar o mundo, portanto, é um desafio sobre humano. Exige abrir mão do desejo de vingança e da retaliação; recusar pagar o mal com o mal; guardar o coração do ódio, da mágoa e do ressentimento. Amar implica servir e abençoar os não amáveis: alimentar o inimigo faminto, dar de beber ao que nos odeia e tratar as feridas de quem nos quer mal. Esses todos, de quando em vez, nos chegam de longe. Mas, de fato, geralmente transitam em nossos círculos mais próximos: a família, a comunhão de amigos e a comunidade chamada igreja.

Não foi sem razão que até mesmo para Deus amar custou e custa caro: Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito. Amar custou para Deus dizer não a si mesmo para que pudesse dizer sim ao mundo que amou: Jesus não se apegou às suas prerrogativas e direitos divinos, “mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”.

Por que Deus amou o mundo? Porque ele me amou, te amou, nos amou.

Graças a Deus que a ressurreição gerou vida em meio a morte em que vivíamos. Isso demonstra porqur ele amou de tal maneira....

Deus te abençoe!!!

Leia Mais >>

quarta-feira, 6 de abril de 2011

PRECISO DE AMIGOS, NEM SEMPRE DE "IRMÃOS"


Em todo tempo ama o amigo , e na angústia se faz um irmão. (Pv 17:17)

A amizade é um tema pouco tratado no meio cristão. Pare e pense em quantos livros você já leu sobre amizade cristã. São raros. Estamos tão acostumados em chamar os outros de “irmãos” que esquecemos que também precisamos de amigos.
No começo até imaginamos que, se temos irmãos, logo, temos amigos. Todavia, no primeiro pântano da amargura, percebemos que falta-nos amigos que chorem com a gente e estendam a mão para nos tirar de lá. Como pastor, tenho percebido cada dia mais a necessidade que as pessoas têm de encontrarem amigos. Estão cercadas de “irmãos”, mas dificilmente encontram neles algum amigo. Estranho, não é? Por quê isso?
Às vezes, penso ser por causa da superficialidade que ronda o ambiente cristão em geral. Muitos estão apegados à costumes e gírias cristãs (ex.: A Paz, irmão!… Na bênção?!… E aí, bênção?!), que, em essência, não significam absolutamente nada, que não, demonstrar que um ou outro é cristão. 
Por exemplo, eu sei que alguém é meu irmão quando ele chega para mim e diz: “A paz, pastor!”… Opa, imagino que esse seja meu “irmão na fé”. Ou, quando estou comprando algo, e a moça do caixa me diz: “Deus abençoe o senhor”, daí penso: essa também é minha irmã em Cristo. Cenas assim acontecem sempre. Aparentemente, tenho uma grande família de “irmãos” e “irmãs”, que não sabem onde eu moro, como me chamo, minhas tristezas, minhas alegrias. Às vezes penso que o jargão “irmão” é igual ao “companheiro” do PT. Se chama todo mundo de “companheiro” sem se pensar no que se está dizendo.
Creio que Jesus, com seu exemplo, nos ensina muito sobre amizade e companheirismo. Jesus decidiu cercar-se de pessoas que o trairiam, negariam, e abandonariam. Ele sabia de tudo isso. Mesmo assim, ele decidiu.
Jesus não ficou esperando que as pessoas viessem procurá-lo para uma amizade. Ele não esperou que alguém o notasse, que alguém puxasse papo, que alguém se preocupasse com ele. Antes, ele decidiu ir e notar, puxar papo, se preocupar com pessoas de dentro e de fora de seu convívio. Se você quer  ter amigos, vá e faça-os! Outro erro, é entendermos que amizade significa ter alguém que se preocupe com você.  Amizade significa você decidir se preocupar com alguém. Quando isso acontece, começa-se uma amizade.
O cristianismo e a amizade cristã têm mais a ver com você dar do que receber, fazer do que esperar que façam, amar do que esperar que lhe amem, se preocupar do que esperar que se preocupem. A amizade cristã está sempre voltada para o próximo! Jesus disse que ele:
Não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos … Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos... tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. (Mc 10.45 e Jo 15.13-15)
Tendo estas palavras em mente, sejamos como Ele! Não nos esqueçamos que amizade cristã tem a ver em servir alguém hoje, e não esperar que alguém nos sirva. Saia! Sirva! Preocupe-se! Ame! Solidarize-se! Siga os passos de seu Mestre. Faça isso. Só não fique parado esperando que alguém se lembre de você e faça algo por você. Isso, pela graça de Deus, poderá ocorrer. Só não se esqueça que, amizade, aos olhos de Deus, tem mais a ver com o que você está decidindo fazer por alguém hoje (um telefonema, um passeio, uma conversa sincera, uma mensagem) do que com o fato de ninguém estar se lembrando de você.
Chega de vivermos apenas como “irmãos”. Sejamos amigos, pois só podemos ser verdadeiramente irmãos, se somos verdadeiramente amigos. Pois todos nós comemos do mesmo “pão” que desceu do céu e desfrutamos do sangue derramado na cruz, pois estamos lavados e perdoados pelo, agora, nosso grande Amigo Jesus, nosso irmão mais velho!

Leia Mais >>

  ©Template by Dicas Blogger

TOPO